segunda-feira, 11 de novembro de 2013

MP pede afastamento de prefeito por falta de transparência

Além do prefeito, a ação pede o afastamento dos secretários de Finanças, Educação e Saúde.




Foto: Divulgação
Evando Viana, prefeito de Gov. Edson Lobão.
IMPERATRIZ - O Ministério Púbico, representado pelos promotores de Justiça Nahyma Ribeiro Abas e Joaquim Ribeiro de Sousa Júnior, protocolou hoje (11) uma ação na Vara da Fazenda Pública de Imperatriz, por ato de improbidade administrativa. O pedido de liminar prevê o afastamento do prefeito de Governador Edson Lobão, Evando Viana de Araújo, e dos secretários Anderson Wyharlla Galvão Lima (finanças), Gasdano Gomes Moreira (educação) e Geraldo Evandro Braga de Sousa (saúde).
O procedimento foi instaurado após representação da Câmara de Vereadores do Município, diante da omissão de informações por arte do prefeito e secretários à Comissão Parlamentar de Inquérito. A CPI investiga a ausência de prestação de contas dos recursos destinados à saúde e educação, no ano de 2013. De acordo com a ação civil pública, em 09 de outubro foram requisitados vários documentos aos secretários (cópias dos processos de pagamento de combustível, extrato de contas e repasses no período de janeiro a setembro), mas todos se omitiram, configurando a improbidade administrativa. Foi encaminhado ao prefeito o ofício com as mesmas requisições e a CPI também não obteve resposta, apesar dos ofícios serem reiterados.
Segundo o MP, o pedido de afastamento, sem audiência prévia, deve evitar que os agentes públicos influam na apuração das irregularidades e assegurar a integridade do patrimônio público, com a lisura do processo. A condenação dos réus em razão da prática de atos de improbidade administrativa implica no ressarcimento integral do dano, perda das funções públicas, suspensão dos direitos políticos por até cinco anos e pagamento de multa 100 vezes maior que a remuneração pelas funções de prefeito e secretário.
"O MP entende que o afastamento é imprescindível para o resultado do processo porque se os gestores, que são os réusestão recusando transparência aos atos da administração pública, para detectar as irregularidades nós vamos sentir dificuldade porque eles podem recusar o acesso tanto do legislativo quanto do MP. O juiz tem um prazo legal de 10 dias para analisar", disse o promotor Joaquim Júnior.
Os representantes da 1ª Promotoria do Patrimônio Público e Probidade Administrativa aguardam o deferimento.

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